sexta-feira, 3 de abril de 2009

Oficina de Escrita Criativa com o Escritor Paulo Teixeira


No decorrer do segundo período foram levadas a cabo várias actividades na nossa e pela nossa Biblioteca.

A Oficina de Escrita Criativa com o Escritor Paulo Teixeira realizou-se a 19 de Fevereiro de 2009. Eis alguns dos poemas redigidos pelos alunos-participantes:

ESTE JARDIM DA VERDADE

Este jardim da verdade
Um simples sítio verde
Um lugar no vazio
Onde ninguém o encontra.

Ao acaso uma jovem
Lá foi parar
Muito triste e chorosa
Nem deu conta de onde estava.

Quando lá parou
Apercebeu-se de um lugar,
Um lugar magnífico
Onde ninguém a poderia encontrar.

Mágoa esta que trazia
Por causa de um rapaz
Alguém cruel
Que à coitada fez chorar.

Suas lágrimas tristes e frias
Numa flor foram parar
Sentimentos partem com elas
Outros ficam com elas neste lugar.

Rita Figueira, 10º D2

SEM TÍTULO

"Sonho no branco do tempo
O escuro no meio do espaço
Á procura de algo sozinho
Caminhando passo a passo.

Seguindo devagar,
Ao encontro da palavra
Olho para um lado, para o outro
Sem Encontrar a resposta certa.

É aqui que tento o fazer
Um traço aqui, outro ali
Assim executo, assim digo
E escrevo, concretizo tudo o que necessito.

Aqui neste lugar vazio
Sem nada para dizer,
Procuro o que não encontro,
Alcanço aquilo que não consigo.

Pedro Lopes, 10ºD2


O TEMPO

"O tempo passa, e a isto
Que chamamos de vida, vai mudando,
Crescemos físicamente, mas por
Vezes não crescemos mentalmente.

Por vezes gostaria de poder
Controlar o tempo,
Para que todos aqueles belos anos
Da minha vida, nunca passassem eeu,
Pudesse sempre revivê-los.

Aqueles anos da minha vida
Em que nada importava,
Nem havia problemas, apenas a
Minha vontade de fazer tudo aquilo
Que era proibido.

Tudo aquilo que me impediam
De fazer, e só por causa
Disso, me dava imenso gosto fazer.

Agora apenas posso reviver
Esses momentos, no longo
Album de memórias
Da minha cabeça e apenas sentir saudade,"

Carina Fera, 10ºD2


CORES

Claro é o sonho
Com negros borrões,
Escuros são eles
Como a penumbra sombria,
Contrariam a simplicidade
Do branco do sonho.
Cor pura e angelical
Não existe bondade igual.

Amarelo
É a cor da fome,
O botão da flor,
Predomina no brilho do Sol.

Mistura-se com rosa-carmim,
Laranja
Cor das abóboras,
Da luz das velas.

E em breves momentos depois,
Junta-se o vermelho.
Mas não o vermelho vivo da paixão
ou o vermelho do sangue viscoso.

Não, é outro, outro tom,
Mistura de cores esta
que se dá no azul do Céu.

Azul profundo dos oceanos
Cristalino e límpido
Das calmas águas.
Por vezes confundido com o verde.

Não o mesmo dos verdejantes campos.
Não o mesmo verde dos sapos.

Tentando alcançar a essência de todas as cores.
Coleccioando as indeterminavéis tonalidades
Nasce assim o majestoso ARCO-IRIS.

Ana Teresa, 10º A2


AQUI RESPIRO O TEMPO

" Sozinha nesta floresta escura
Sem como sair daqui,
Gostaria de um dia poder fugir
E ver o sol brilhar
Num dia de Verão,
Ver as ondas rebentarem
Nas rochas da praia.

Aqui apenas vejo
Nuvens escuras e trovoadas
Tão claras e rápidas.

A única luz que passa
Por este lugar
É a que vem da simples Natureza.

Marisa Bucho, 10ºD2



SAUDADE

"A saudade deixada
Vivida e passada
Mas já mais quero
Recordar e viver.
Num dia de Verão.

Esqueci do viver
Porque a saudade ocupou
O espaço que não era dela
E quase nada deixou.

Já nada faz sentido
E tudo está esquecido
Mas já mais quero
Recordar e viver.

Penso nela
Que é fria e nua
Maldosa e perigosa
Farta e imbecil.
Já esqueci de viver
Renascer já não basta.
A saudade da vida
Já me foi afastada.
Renasço, mas já mais quero
Recordar e viver."

João Lopes, 10ºD2