terça-feira, 18 de novembro de 2008

2ª Publicação : O que é o Amor?

O que é o Amor ?

Dizia Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver
E ferida que dói, e não se sente..."


Se não se vê, como posso saber que existe? Como posso saber que está lá? Que é real, verdadeiro?! Como posso saber que aquela sensação estranha, quando passo perto de ti, é amor?
Se penso em ti todos os dias, todas as noites, se penso em ti ao acordar e ao adormecer? Se mesmo quando não estás é como se estivesses; se sinto saudades quando não vais embora?
Se não se sente, porque dói tanto quando nos separamos?
Porque choro quando vais embora? Porque é que não quero estar com ninguém, apenas contigo? Porque é que custa tanto a passar?

O que é o amor , afinal ?

É indefinível, imcompreensível ...
É algo que não se pode provar, mas apenas acreditar.E é o acreditar que nos faz amar.
É por isso que dói tanto quando acaba:
porque somos forçados a deixar de acreditar.

O que fica é o que importa. São os bons momentos que temos que recordar. E os maus? Quais maus momentos?
Não houve. E se houve, não me lembro!

LAGOSTA

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

1ª Publicação: Susto de Morte

Susto de Morte

Numa noite fantástica de céu estrelado
Ia apressado ladeira acima o João
Para não chegar tarde à sua aula de Inglês.

Nessa noite silenciosa de céu pintalgado,
Um estranho barulho despertou sua atenção.
Estupefacto, voltou-se por sua vez,mas nada viu.

Sorriu,
E como estava atrasado
Não lhe deu mais importância
E seguiu seu caminho.

Terminadas as aulas o aluno retardado
Galgava a distância
Indo para casa sozinho.

Assobiava,
Enquanto caminhava e
Qual não foi o seu espanto,
Quando do cemitério se aproximou
E estranhos uivos e sons de raspar escutou.

Ficou receiouso,
Mas como era tão curioso
Não resistiu a junto do portão do cemitério chegar.

Afastou lentamente o portão
Que da idade desengonçado e ferrugento
Exprimiu sua dor num atordoante guinchar.

João perturbado pouco ou nada conseguiu ajuizar,
Quando olhou ao seu redor.
Sentia seu coração a saltar-lhe do peito,
Suas pernas bambas recusavam-se a avançar,
Mas João insistiu e obrigou-as a andar.

O ruído tornava-se agora cada vez mais audível.
E João continha sua respiração
Para não ser apanhado de antemão.

Sorte a dele não ser muito susceptível
Pois o que depois observou foi incrível.

Junto ao jazigo agachado um negro vulto se posicionava,
Com gestos monotonos e certeiros
Naquele leito de morte trabalhava.

Pelo fedor que o rodiava pouco aborrecido,
Aquela figura com esgaçadas roupas vestido
Trabalhava sem parar e sem uma palavra soltar.

João, cuja curiosidade era maior que o medo que sentia,
Desejava saber o que fazia.

Aproximou-se lentamente,
E vislumbrou a figura de aspecto fuinha,
Com mãos contorcendo-se vigorosamente
Como se se quissessem se separar do corpo que as retinha.

João encheu-se de coragem
E num folego de alta voltagem
Disse:«Senhor, que faz aqui a esta hora?
Já não devia se ter ido embora?»

Aquele pedacinho de gente rodopiou com agilidade
E para o João olhou sem qualquer animosidade.

Olhou se é isso que se pode lhe chamar,
Pois a caveira que o fitou
No lugar dos olhos só tinha cavidades.

«Ai mãezinha, que será de mim?!
Que ideia a minha eu vir até aqui.»
Gritou João exasperado,
Sua cabeça para um lado e seu corpo para o outro virado,
Galopando entre os últimos pousos da humanidade
Em direcção ao portão numa enorme velocidade.

Passados alguns dias João o caminho habitual
Teve que retomar,
As aulas de Inglês não se faziam esperar.

De passos alongados chispava com o que sentia
Quando perto do cemitério se via.
Mais uma vez aqueles ruídos pairavam no ar
E ele não resistiu e deixou-se cativar.

A curiosidade soprava ao seu ouvido
Tinha que descobrir mais sobre o acontecido.

Avançou de modo intrepido
Até à laje daquele desconhecido.
Afastou de si tudo o que era temido
E fez-lhe novamente o mesmo pedido.

«Senhor, que faz aqui a esta hora?
Já não devia se ter ido embora?»
A figurinha repugnante apenas lhe fez sinal
Com sua mão ancestral
Para se acercar dela.

João de olhar nublado e movimento atordoado
Seguiu seu fado,
Os sons vindos de suas entranhas amarfanhou
E aquele ser bafejado pela morte escutou.

Ao seu ouvido balbuciou-lhe em segredo
Aquilo que no João antes tinha provocado medo.

«Sabe, estou aqui à dias a trabalhar,
Porque em sossego não me deixam repousar.
Imagine o amigo só
Como meu estômago ficou num nó
E a alterar a situação não resisti
Quando descobri
QUE ESCREVERAM MAL O MEU NOME.

MILENA

Convite à Comunidade Escolar

CONVITE


A EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLAR CONVIDA TODOS OS INTERESSADOS A EXPRESSAREM SUAS OPINIÕES, ALEGRIAS, INSATISFAÇÕES, SENTIMENTOS, EMOÇÕES, …

NESTE NOVO ESPAÇO:

O CANTINHO DA LEITURA


OS INTERESSADOS DEVEM ENTREGAR OS TEXTOS (POEMAS, CONTOS, COMENTÁRIOS, ANEDOTAS, IMAGENS/DESENHOS COMENTADOS, ETC.), PREFERENCIALMENTE EM FORMATO DIGITAL E DEVIDAMENTE IDENTIFICADOS, À PROFª HELENA BRISSOS NA BIBLIOTECA ESCOLAR.

OS TEXTOS ENTREGUES SERÃO PUBLICADOS NO ESPAÇO DA BIBLIOTECA ESCOLAR E NO BLOGUE DA BIBLIOTECA ESCOLAR DA ESCOLA SECUNDÁRIA DA MOITA :

http://cantinhoesmoita.blogspot.com/